quarta-feira, 4 de julho de 2012

Processo de aprendizagem


O aprendizado da pessoa com deficiência visual é completo e significativo a partir da possibilidade de coleta de informações transmitidas por meio dos sentidos remanescentes (a audição, o tato, o paladar e o olfato) que são importantes canais ou portas de entradas de dados e informações que serão levados ao cérebro, a linguagem amplia o desenvolvimento cognitivo porque favorece o relacionamento e proporciona os meios de controle do que está fora de alcance pela falta da visão.
A compreensão de fenômenos relacionados ao conhecer não se encontra apenas relacionada com o sentido visão, mas, com a relação entre o conjunto de sensações próprias do ser humano e a capacidade que o mesmo tem de interpretá-las, assim a construção da percepção não depende exclusivamente de aspectos visuais.
A cegueira traz uma limitação importante no processo de ensino e aprendizagem, com isso as práticas educativas devem ser pensadas de forma a contemplar as peculiaridades do deficiente visual através de vias alternativas, nesse caso o tato ocupa um papel fundamental no processo de aprendizagem porque é o "O sistema sensorial mais importante que a pessoa cega possui, para conhecer o mundo, é o sistema háptico ou o tato ativo" (OCHAITA; ROSA, 1995, p. 184).
Para Vygotsky o conhecimento ocorre através da interação entre o sujeito e o meio social onde vive assim a aprendizagem e o desenvolvimento da pessoa com deficiência visual começa desde o seu nascimento. No processo de construção do conhecimento o aluno com deficiência visual necessita da integração com videntes no processo escolar para que o seu processo dialético não fique comprometido.
Então, conclui-se que a pessoa com deficiência visual tem as mesmas possibilidades de organizar dados e informações que qualquer outra pessoa, desde que esteja aberta para o mundo em seu modo próprio de perceber e relacionar-se.  

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