O aprendizado da pessoa com deficiência visual é completo e
significativo a partir da possibilidade de coleta de informações transmitidas
por meio dos sentidos remanescentes (a audição, o tato, o paladar e o olfato)
que são importantes canais ou portas de entradas de dados e informações que
serão levados ao cérebro, a linguagem amplia o desenvolvimento cognitivo porque
favorece o relacionamento e proporciona os meios de controle do que está fora
de alcance pela falta da visão.
A compreensão de fenômenos relacionados ao conhecer não se
encontra apenas relacionada com o sentido visão, mas, com a relação entre o
conjunto de sensações próprias do ser humano e a capacidade que o mesmo tem de
interpretá-las, assim a construção da percepção não depende exclusivamente de
aspectos visuais.
A cegueira traz uma limitação importante no processo de ensino e aprendizagem, com isso as práticas educativas devem ser pensadas de forma a contemplar as peculiaridades do deficiente visual através de vias alternativas, nesse caso o tato ocupa um papel fundamental no processo de aprendizagem porque é o "O sistema sensorial mais importante que a pessoa cega possui, para conhecer o mundo, é o sistema háptico ou o tato ativo" (OCHAITA; ROSA, 1995, p. 184).
Para Vygotsky o conhecimento ocorre através da interação
entre o sujeito e o meio social onde vive assim a aprendizagem e o
desenvolvimento da pessoa com deficiência visual começa desde o seu nascimento.
No processo de construção do conhecimento o aluno com deficiência visual necessita
da integração com videntes no processo escolar para que o seu processo
dialético não fique comprometido.
Então, conclui-se que a pessoa com deficiência visual tem as
mesmas possibilidades de organizar dados e informações que qualquer outra
pessoa, desde que esteja aberta para o mundo em seu modo próprio de perceber e
relacionar-se.
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