Criado por Louis Braille, em 1825, na França, o sistema
braille é conhecido universalmente como
código ou meio de leitura e escrita das pessoas cegas. Baseia-se na combinação
de 63 pontos que representam as letras do alfabeto, os números e outros
símbolos gráficos. A combinação dos pontos é obtida pela disposição de seis
pontos básicos, organizados espacialmente em duas colunas verticais com três
pontos à direita e três à esquerda de uma cela básica denominada cela braille.
A escrita braille é realizada por meio de uma reglete e
punção ou de uma máquina de escrever braille. A reglete é uma régua de madeira,
metal ou plástico com um conjunto de celas braille dispostas em linhas horizontais
sobre uma base plana. O punção é um instrumento em madeira ou plástico no
formato de pera ou anatômico, com ponta metálica, utilizado para a perfuração
dos pontos na cela braille. O movimento de perfuração deve ser realizado da
direita para a esquerda para produzir a escrita em relevo de forma não
espelhada. Já a leitura é realizada da esquerda para a direita. Esse processo de
escrita tem a desvantagem de ser lento devido à perfuração de cada ponto, exige
boa coordenação motora e dificulta a correção de erros.
A máquina de escrever tem seis teclas básicas
correspondentes aos pontos da cela braille. O toque simultâneo de uma
combinação de teclas produz os pontos que correspondem aos sinais e símbolo
desejados. É um mecanismo de escrita mais rápido, prático e eficiente.
A escrita em relevo e a leitura tátil baseiam-se em
componentes específicos no que diz respeito ao movimento das mãos, mudança de
linha, adequação da postura e manuseio do papel. Esse processo requer o
desenvolvimento de habilidades do tato que envolve conceitos espaciais e
numéricos, sensibilidade, destreza motora, coordenação bimanual, discriminação,
dentre outros aspectos. Por isso, o aprendizado do sistema braille deve ser
realizado em condições adequadas, de forma simultânea e complementar ao
processo de alfabetização dos alunos cegos.
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